Missa da catequese Especial - Humildade

Neste domingo, 29 de Agosto de 2010, a Paróquia Espírito Santo teve a grande alegria de testemunhar o que seja ser Humilde: Segundo a liturgia de hoje, na primeira leitura do livro do Eclesiástico, notamos o quanto devemos praticar a humildade e assim, recebermos Graças diante do Senhor, além disso, o Evangelho de Lucas nos mostrou a importância de reconhecermos nosso lugar quando convidados a participar de uma celebração.Os catequizandos da catequese especial, nos mostraram com efeito, como ser humilde a partir dos dons e talentos que cada um tem, e assim, numa representação absolutamente singela, demonstraram com toda humildade o quanto foram grandes ao enaltecerem o Amor de Cristo.

Parabéns às catequistas que com carinho prepararam esta apresentação. Às famílias que compareceram celebrando e incentivando seus filhos, à Paróquia, na figura do Padre Bernardo que abre espaço nas animações litúrgicas, e em especial, parabéns a todos os catequizandos que com muita humildade, atingiram nossos corações e nos levaram a refletir um assunto tão importante.

Deus Abençõe a todos

Por Angelita

JUNTOS PELA VIDA - Agradecendo pela Vida por Angelita

Em Lucas, 1-14; encontramos a seguinte citação: "Ele será para ti motivo de gozo e alegria, e muitos se alegrarão com o seu nascimento". Lucas dizia de Jesus e das promessas de alegria que advinha Dele. Então podíamos refletir qual a importância da vida de cada um de nós: com que autoridade, podemos prever o futuro para dizermos qual vida tem ou não o direito de continuar sua existencia e por quanto tempo?

Muitas vezes justificamos nossa falta de fé com defesas de falsas verdades, e acabamos querendo "evitar" o sofrimento a qualquer custo e nos esquecemos que Aquele que nasceu e nos foi e é motivo de gozo e alegria, também sofreu, e sofreu pregado numa cruz.

Nós do Grupo Vem Ser Feliz podemos dar este testemunho: Ter um filho com deficiência, ou mesmo conviver com uma pessoa com algum tipo de deficiência ou mesmo alguma doença, especialmente aquelas que causam dor física ou emocional, é muitas vezes um processo de dor, um processo de dúvidas e incertezas que apenas o encontro com Deus pode nos aliviar tal sofrimento, mas então páro e coloco-me a pensar: Que sentido teria minha vida e a de todas estas famílias se nossos filhos não existissem? Como venceríamos a batalha de todo dia, se não tivessemos uma causa a alcançar? E se ao sabermos de suas limitações, tivéssemos "poupado tal sofrimento" e tivéssemos impedido tais vidas?

OH meu Deus, quase nem consigo escrever isso: Não me permito uma situação como a de tirar a vida de alguém, seja lá que vida seja esta. E ao pensar em meus filhos, e especialmente em minha filha que tem paralisia cerebral, meu coração se enche de certezas e alegrias e só tenho a agradecer: Obrigado Senhor pelo Dom da Vida. Obrigado Senhor pelas pessoas que vêm despertando cada vez mais sobre a importancia de preservar a Vida. Obrigado Senhor por todas aquelas que ainda descobrirão a verdade, e unir-se-ão a nós com o fim único de Dizer Sim à Vida.

OBRIGADO SENHOR!!!!

Angelita

O simbolismo do Beija-Flor - por Angelita

Em toda minha vida, sempre me encantei muito com o beija-flor: uma ave tão pequena, aparentemente tão frágil e sensível, mas incansável em sua agilidade e destreza para alcançar seu propósito de sobrevivência; e faz isso com uma determinação sem medida. Bem, até aí, nenhuma novidade. O beija-flor é mesmo encantador. Mas a estória desta ave com o Grupo Vem Ser Feliz, vai muito além:...

Com mais trinta anos de idade, ainda não havia despertado em mim como entender o propósito de Deus, e seguia minha fé aos “trancos e barrancos”, como se diz o ditado popular: Queria acreditar, mas ainda não havia tido uma experiência pessoal com Deus, sabia de sua Grandiosidade, mas não entendia o quanto eu podia estar com Ele. Então, em maio de 1999, na Missa pelo Dia das Mães na Paróquia Espírito Santo, fiquei muito comovida com minha filha, então com 04 anos de idade e que tem paralisia cerebral, mesmo não falando, me expressar sua vontade de participar ativamente da celebração. Olhei pela igreja e com aperto no coração percebi que não tinha outra pessoa nas condições da Naiara naquele lugar. Senti uma vontade enorme de chorar e em minhas lágrimas vinha uma certeza de que alguém (?) deveria fazer algo para isso ser diferente. Em princípio não entendi, ou não quis entender: sempre temos dificuldades para dizer sim a Deus. A verdade é que daquela missa em diante não consegui mais participar de uma celebração sem buscar encontrar pessoas com deficiências na igreja, e me emocionava ao imaginar tal situação. Então, conversei com o pároco, na época, Padre Rinaldo de Resende, e em maio de 2000 celebramos o “Jubileu das Pessoas com Necessidades Especiais”. A missa foi maravilhosa: a igreja lotada e as pessoas com deficiências participando em toda liturgia, desde a acolhida, leituras, ofertório, enfim, tudo perfeito. Mas como disse: minha fé ainda não era o bastante, e de volta para casa, vinha agradecendo a Deus por tudo ter dado certo, mas também pedindo a Ele que me mostrasse se era isso mesmo que O agradava. Não tinha respostas.

Chegando em casa, ao abrir a porta, me deparei com um beija-flor que voava sem parar de um lado para o outro, velozmente por toda sala. Sei que não tem explicação lógica para isso, mas meu coração se disparou mais e mais e naquele momento senti como se fosse realmente a resposta de Deus para minhas indagações: através daquele beija-flor, Deus me disse: Isso mesmo: é isso o que eu queria. Senti uma confiança enorme, e até hoje mantenho o que se tornou o Grupo Vem Ser Feliz: que com as bênçãos de Deus mantém este trabalho de evangelização, e que a cada decisão importante, de uma maneira ou de outra me aparece um beija-flor como que para confirmar a aprovação de Deus.

Sei que não é o beija-flor em si, mas a minha fé que permite tal trabalho. No entanto, Deus reconhece minha fragilidade e me fortalece com este simbolismo, que agora, escrevendo este texto, posso perceber o que de beija-flor tem em mim: sou sensível, pareço mesmo frágil muitas vezes, mas quando determinada, não meço forças para atingir meus objetivos: sou persistente e insisto em vencer minhas dificuldades, e o Grupo Vem Ser Feliz também é assim: todos que participamos dele, procuramos vencer nossos medos e angústias, sempre na certeza de que Deus é maior, e nos sustenta tanto quanto sustenta um beija-flor parado no ar...

Angelita

TRAJETÓRIA DO GRUPO VEM SER FELIZ - por Angelita

Maio de 1999 - O grande chamado de Deus na Missa das crianças pelo Dia das Mães: Durante o Ano, preparação e amadurecimento através de orações pessoais, buscando discernimento sobre o chamado.

Maio de 2000 – Jubileu das Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais. Grande celebração na Paróquia Espírito Santo, envolvendo agentes da Pastoral da Saúde, Pastoral Litúrgica e muitas outras pessoas da comunidade.

A partir desta data, encontros semanais de orações e reflexões, buscando a compreensão sobre a convivência da Pessoa com deficiência na família, escola, igreja e comunidade em geral.

Agosto de 2002 – Início da Catequese Especial: Seguindo as orientações do Projeto Alicerce, desenvolvido em toda diocese de São José dos Campos, e acompanhando a realidade local de nossa paróquia, realizamos uma catequese de convivência, onde os catequizandos são preparados para receberem os sacramentos de iniciação cristã: Batismo, Eucaristia e Crisma. Desde então, este trabalho é realizado pela Pastoral de Catequese Infantil, com acompanhamento do Grupo Vem ser Feliz que até 2008 oferecia acompanhamento às famílias durante os encontros catequéticos.

Abril de 2003 – Início de Oficinas Psicoterapêuticas: Trabalho voluntário de tratamento Psicológico oferecido às Pessoas com deficiências bem como orientação psicológica às suas famílias. Este trabalho teve início na Paróquia, continuando, voluntariamente, no consultório particular da idealizadora do Projeto, após período de reformas na paróquia.

Maio de 2003 – Realização do Encontro Conversando Sobre Deficiências: Evento que reuniu no Auditório da Câmara Municipal, várias Instituições da cidade que na época atuavam com Pessoas com deficiências.

Agosto de 2003 – Inauguração do que veio a se chamar Espaço Vem Ser Feliz Clínica Psicológica. Seguindo as regras e normas de funcionamento enquanto clínica de psicologia, bem como buscando uma postura de atuação ética cristã, continuamos com as oficinas psicoterapêuticas, e por necessidade das famílias, passamos a oferecer atendimento diário de estimulação global, tratamento psicopedagógico e convivência social.

Ano de 2006 – Participação em Palestras, Formações Pastorais, Atuação direta junto ao Movimento Diocesano das Pessoas com deficiências, Entrevistas em Programas da Rádio Mensagem e Canção Nova, Colaboração na elaboração de cartilha de esclarecimento sobre a Pessoa com deficiência, Atuação na Organização, Planejamento e execução da Primeira Feira da Pessoa com Deficiência da Diocese de São José dos Campos.

De 2007 a 2010 – Continuação de todo trabalho de Evangelização, ora em participação aos catequizandos nos momento dos encontros catequéticos, ora em orientação psicológica ou de espiritualidade às famílias, ora em eventos e/ou celebrações na paróquia. Também realizamos formações de espiritualidade para a equipe de agentes do grupo e continuação do trabalho de ação social através do Projeto de Estimulação a Pessoas com deficiências que acontece diariamente no Espaço Vem ser Feliz Clínica Psicológica.

Maria Angelita - psicóloga.