Em toda minha vida, sempre me encantei muito com o beija-flor: uma ave tão pequena, aparentemente tão frágil e sensível, mas incansável em sua agilidade e destreza para alcançar seu propósito de sobrevivência; e faz isso com uma determinação sem medida. Bem, até aí, nenhuma novidade. O beija-flor é mesmo encantador. Mas a estória desta ave com o Grupo Vem Ser Feliz, vai muito além:...
Com mais trinta anos de idade, ainda não havia despertado em mim como entender o propósito de Deus, e seguia minha fé aos “trancos e barrancos”, como se diz o ditado popular: Queria acreditar, mas ainda não havia tido uma experiência pessoal com Deus, sabia de sua Grandiosidade, mas não entendia o quanto eu podia estar com Ele. Então, em maio de 1999, na Missa pelo Dia das Mães na Paróquia Espírito Santo, fiquei muito comovida com minha filha, então com 04 anos de idade e que tem paralisia cerebral, mesmo não falando, me expressar sua vontade de participar ativamente da celebração. Olhei pela igreja e com aperto no coração percebi que não tinha outra pessoa nas condições da Naiara naquele lugar. Senti uma vontade enorme de chorar e em minhas lágrimas vinha uma certeza de que alguém (?) deveria fazer algo para isso ser diferente. Em princípio não entendi, ou não quis entender: sempre temos dificuldades para dizer sim a Deus. A verdade é que daquela missa em diante não consegui mais participar de uma celebração sem buscar encontrar pessoas com deficiências na igreja, e me emocionava ao imaginar tal situação. Então, conversei com o pároco, na época, Padre Rinaldo de Resende, e em maio de 2000 celebramos o “Jubileu das Pessoas com Necessidades Especiais”. A missa foi maravilhosa: a igreja lotada e as pessoas com deficiências participando em toda liturgia, desde a acolhida, leituras, ofertório, enfim, tudo perfeito. Mas como disse: minha fé ainda não era o bastante, e de volta para casa, vinha agradecendo a Deus por tudo ter dado certo, mas também pedindo a Ele que me mostrasse se era isso mesmo que O agradava. Não tinha respostas.
Chegando em casa, ao abrir a porta, me deparei com um beija-flor que voava sem parar de um lado para o outro, velozmente por toda sala. Sei que não tem explicação lógica para isso, mas meu coração se disparou mais e mais e naquele momento senti como se fosse realmente a resposta de Deus para minhas indagações: através daquele beija-flor, Deus me disse: Isso mesmo: é isso o que eu queria. Senti uma confiança enorme, e até hoje mantenho o que se tornou o Grupo Vem Ser Feliz: que com as bênçãos de Deus mantém este trabalho de evangelização, e que a cada decisão importante, de uma maneira ou de outra me aparece um beija-flor como que para confirmar a aprovação de Deus.
Sei que não é o beija-flor em si, mas a minha fé que permite tal trabalho. No entanto, Deus reconhece minha fragilidade e me fortalece com este simbolismo, que agora, escrevendo este texto, posso perceber o que de beija-flor tem em mim: sou sensível, pareço mesmo frágil muitas vezes, mas quando determinada, não meço forças para atingir meus objetivos: sou persistente e insisto em vencer minhas dificuldades, e o Grupo Vem Ser Feliz também é assim: todos que participamos dele, procuramos vencer nossos medos e angústias, sempre na certeza de que Deus é maior, e nos sustenta tanto quanto sustenta um beija-flor parado no ar...
Angelita
OLÁ, TRABALHO COM CRIANÇAS ESPECIAIS NA SAÚDE MENTAL DE BH, HOJE NO TRABALHO, MUITO ABORRECIDA COM AS CONDIÇÕES DE TRABALHO, UM BEIJA-FLOR PASSOU PELA MINHA JANELA 2 VEZES, DEPOIS NÃO SATISFEITO ENTROU DENTRO DA SALA, VOOU PARADO NO AR, VIROU-SE E SAIU. CHEGANDO EM CASA FUI PROCURAR ALGO SOBRE O SIGNIFICADO DO BEJA FLOR E ENCONTREI VCS!... UM GRANDE ABÇ E UM BEIJO DE BEIJA-FLOR!
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